Você é uma máquina

20 de fevereiro

15hrs

Saio da faculdade e alguns pingos de chuva já começam a molhar a minha cabeça a caminho da estação de trem Vila Mariana. No meio das estações de SP nada anormal, pessoas de todos os jeitos e estilos entrando e saindo da minha vida sem eu nem as conhece-las. Ao chegar no meu ponto final, São Caetano do Sul, me deparo com uma chuva intensa, mas precisava chegar em casa cedo hoje, simplesmente para dormir. Tirei tudo de dentro do bolso, tirei minha camisa, enrolei tudo nela e a coloquei na mochila. Abracei a mochila e corri até minha casa meio abaixado, protegendo meu material de estudo contra aquela furiosa chuva. Foram 5 minutos correndo com uma velocidade que normalmente eu me cansaria em 1 minuto. Rápido.  Ao chegar em casa, já muito cansado, me banhei e dormi.

18hrs

Acordo e vejo que já era hora de me arrumar para minha colação de grau, ou seja, me arrumar para receber um tubo com um papel escrito “parabéns, você é uma máquina agora”. Vesti-me e esperei todos estarem prontos para irmos. Por volta das 19 horas saímos. Chegando lá, vi toda a minha turma junta novamente. Foi algo reconfortante, mas triste, por saber que provavelmente nunca mais nos veríamos daquele jeito. Apesar de ver pessoas que não queria ver, foi uma boa noite. Rever meus mestres que sempre estiveram ao meu lado e poder disfrutar daquele momento, certamente foi único e eu não esquecerei.

23hrs

Agora saindo do evento me sinto cansado, o dia foi longo. Mesmo assim pedimos uma pizza e até que ela chegasse eu me estressei por estar com o sono acumulado. Um pedaço seguido do outro e após o quarto pedaço fui para o meu quarto, meu pedaço. Deitei e ao tentar dormir com todo aquele ruído vindo da sala me estressei mais e pedi, carinhosamente como um ogro, que fizessem silêncio, afinal de contas, ainda era quinta e no dia seguinte teria aula

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