Olhos Vermelhos

19/08

Quarta-feira – 12h

Aula de fotografia terminando, estou escrevendo aqui, não sei se isso é errado, mas é só para anotar a análise.

Fiz várias analises durante a quarentena. Pensando agora sobre minhas emoções e na análise que pensei que cinema é uma profissão que há risco de ser e ter contato com quem tem narcisista (anotação feita de hoje, horas antes, que horas?)

Comentando de olhos vermelhos na aula, efeito do reflexo do flash, gosto muito quando as fotos saem com olhos vermelhos. Não tenho uma foto minha assim, ainda, queria ter.

Minha análise é: estou mais comunicativa, mas muito mais sensível, já quase chorei 3 vezes durante as aulas e sinto assumindo uma outra personalidade, às vezes, para ser quem quero ser, mas talvez só consiga ser quem eu sou, e isso está bem também. É uma análise clichê, nada demais.

Não sou esquizofrênica, dessa coisa de assumir outra personalidade, mas digamos que ser sociável as vezes é pior que dor nas costas, e eu nem sei porque. Digo nada com nada e agora explico: legal falar, gosto, mas que preguiça. E aí que tá o centro tá análise: eu tentar ser sociável. Concordo e repito a grande frase do meu grande grupo de amigos já chamados de tímidos e folgados em uma chácara de Cotia “tenho 8 amigos, para que preciso de mais, ein?”. Isso não frio, é aconchegante, caloroso. Se me fecho? “haha descubra”. Se sou feliz? sim.

Sou oportunista em coisa assim, faço de caso pensado, mas as vezes não da certo, porque pensei de caso pensado no errado. Então aposto, apostei escrevendo um textinho pro Gilson explicando minhas fotos via e-mail, me arrependi, e quando pude mandar no Canvas apenas as enviei, sem qualquer explicação, elas por elas. Aposta na primeira, aposta na segunda.

E eu sendo oportunista, te digo porque minha não esquizofrenia tende a me forçar a ser social: interesse. Cara, se você é sociável metade da sua vida tá feita, análise comprovada. Mas que preguiça. Me declaro (que vontade de falar me autodeclaro porque pleonasmos são odiados???????) social seletiva argumentativa oportunista, falo se falar comigo, muito até, mas não falo quando não necessário. Argumentativa porque gosto de dar minha opinião, então, a falo em público.

Então, assumo a minha personalidade de chata – que é muito mais legal – no dia de hoje quarta feira, até o período e fechamento desse texto.

Não se pode mudar algo tão essencial quanto o jeito que você sempre foi, e não irei me forçar para isso, sei que consigo falar, sei o que quero fazer, é muito mais masoquista tentar mudar do que me aceitar. Minha mãe diz que sou teimosa, que deveria ser advogada, que eu vejo problema em tudo, tenho resposta para tudo. Bom, mãe sabe de tudo. Tirando a parte do ser advogada.

 

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